domingo, 19 de abril de 2009

Quisá



Quisá pudera me encontrar.
Quisá pudera estar longe de tudo que me prende
e só me faz sofrer.
Quisá encontrar-te fosse breve
mais feliz seria.
Quisá minha companhia fosse alegria
não o medo e a insegurança.
Quisá meus dias fosse de sol
junto com tudo o que me faz falta.
E como faz falta.
Quisá compreendesse o porque de tudo ser assim.
Quisá me achasse em mim.
Ora tenho tamanha esperança.
Ora o medo toma conta.
Quisá pudera preencher o vazio do meu peito.
Quisá essa fobia fosse embora
pra nunca mais voltar.
Mas o que fazer?
Se faz de mim seu instrumento de tormento.
Quisá minha mente se igualasse com minha idade.
Quisá.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

:'(

Hoje,faço minhas as palavras de Clarice Lispector.
Pois tamanha é a dor que não sei o que dizer.



"...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo."

domingo, 12 de abril de 2009

Existência


Já reparou que as pessoas nunca param pra observar o que mundo fantástico que tem ao seu redor?
O céu,por exemplo.
As coisas simples da vida.
A natureza em geral.
Dizem não ter tempo.
O que param pra observar então?
As tragédias e desgraças que mostram os telejornais?
Para isso elas tem tempo né?
Deprimente!
Será que já pararam pra olhar dentro de si mesmas?
Ou ignorar vai continuar sendo a melhor saída?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Vida


Coadunar nossos pedaços,não é tão simples assim.
Me vejo em um labirinto,onde tudo e todos dificulta-me encontrar mim mesma.
Confusamente perdida em uma eversão de realidades tão cruéis.
Sigo perguntando-me até onde aguentarei.
Minha indignação com certas coisas nesse mundo,só continua aumentando.
Tristeza invade aqui dentro.
Já não sei o estado que se encontra o coração que abrigo.
Me encontro em um processo de compreensão e aprendizado do que é a vida.
De como anda a minha vida.
Vivo em um círculo vicioso de pensamentos constantes sobre ela.
O hoje me tira o sono.
O amanhã me receia.
Mas assim como o sol se põe e vem a lua...
Tempestades vem e vão.
O que resta depois delas?
Cicatrizes.
Marcas que nem o tempo conseguirá apagar.

domingo, 5 de abril de 2009

PS:um turbilhão de tristeza passa por aqui!

Melancolia

Aquela velha e constante sensação.
Com ela vem também o desejo extenso de liberdade.
Que nunca passa por sinal.
Degustar desse momento parece estar longe.
Sinto-me um naco ao relento.
Falta do passado,de ver o mundo com a inocência de uma criança.
Crescer é afanoso.
Nessas noites até a lua parece se esgueirar.
E os dias?Sempre na mesma monotonia.
Nessa maresia,vou me deixando levar.
Até o fulgor do sol buscar-me.
Com um esplêndido nascer,regressar.
Para ver até onde conseguirei chegar.
Até onde vou aguentar?
Assistir de camarote tamanha pusilanimidade de todos.
Até quando toda essa aleivosia?
Até quando mascarar-se será a melhor saída?
Seremos obrigados a viver nesse ergástulo de falsidade até quando?
Tolos os que se permitirem a continuar nessa guisa.

sábado, 4 de abril de 2009

Liberdade


Um corpo lânguido ao vento.
Uma vida subalterna cheia de admoesta,interdições,proibições,inibições...
Olhar distante,pensamento vasto,com a esperança a diante de uma vida afortunada.
Trespassar desse ambiente as vezes parece ser a melhor saída.
Algo sufocante invade os dias,amofina as noites deixando uma lacuna aqui dentro.
Não tenho desatino por um conto de fada.
Apenas robustez de uma vida liberta.
Chegará o dia em que esse vácuo se trasformará em fulgor.
A maior das revoluções dentre nós.
Onde uma cintilação imensa terá esplêndida vivacidade.
Com a veracidade de podermos ser quem somos.
Livre pra poder seguir nossas próprias seleções.
Num mundo franco e não fraco.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sofreguidão



Ah...Quanto tempo faz que eu não me pego pensando:
_Poxa,ainda é segunda!
Atualmente vivo falando:
_Já é domingo,e quando vejo domingo de novo,e mais uma vez domingo...
Queria viver a vida sem a carga horária do tempo,dos dias,das horas,dos minutos e dos segundos.
A pressão da correria contra o tempo e até mesmo contra nós mesmos.
Viver intensamente,inquietamente,incessantemente,em uma busca constante em viver de verdade.
Onde tudo fosse,brando,calmo,sereno,harmonioso.Onde o mundo fosse PAZ.
Sem tanta incumbência sobre nós,onde podemos viver com veracidade,sem a velha fobia de sermos nós mesmos.
Vivemos com a sofreguidão de buscas incessantes de dias melhores como pessoas.
Chega de nos camuflarmos na sociedade hipócrita em que vivemos.
Tamanha será as sombras sobre nós até deixarmos de viver em um script que a própria vida se recusou a ensaiar.

by:Jaqueline Salles